5 de novembro de 2009

A ecografia do 1º Trimestre


A médica que fez a nossa ecografia do 1º trimestre foi a Dra. Cláudia Appleton. Achei-a muito profissional e como pessoa muito simpática e carinhosa.

Estavamos com esperança de saber o sexo do bebé mas achamos que talvez fosse muito cedo... no entanto, logo no início da eco a médica diz-nos: 'Querem saber o sexo do bebé?' e nós ficamos surpresos e dissemos logo que sim. Ela perguntou-nos o que é que preferiamos e enquanto eu decidi racionalizar a resposta dizendo que tanto fazia se fosse menino como menina, o meu marido responde prontamente: menino! Eh eh! De facto nós queriamos menino mas tinhamos algum receio de criar muitas expectativas à volta disso e ficarmos depois desiludidos.

Mas, para espanto nosso, a médica após fazer estas perguntas, pára num frame da eco e vê-se uma coisita bastante pronunciada. Dizia a médica: É rapaz! Não havia dúvida... era um pilocas!!

A filha do João, que tem 10 anos, também foi connosco e estava feliz da vida. Ela está ansiosa pela chegada do irmão e parece-me que quer cuidar dele a tempo inteiro... eh eh!

Foi bom ver o bebé já a dar com os pés na base do útero e a esticar a pernitas. Ele estava literalmente a usar as paredes do útero como trampolim :) Ver o bebé a reagir e ouvir o coração dele faz-nos começar logo a amar aquele ser tão pequenino. Afinal nesta altura ele só tinha 6,2 cm!

A Dra. Cláudia dirigia-se a ele já pelo nome: 'Sr. João, ora vire-se lá para eu conseguir vê-lo' :)

Dou por mim já a falar com ele e a dizer que ele se está a portar mal quando estou enjoada ou com azia! Ainda não o sentimos mas sabemos que ele está ali a mexer-se todo... é algo mesmo maravilhoso!

27 de outubro de 2009

O 1º Trimestre de Gravidez

O nosso 1º trimestre de gravidez foi um tanto ou quanto complicado. Tivemos um descolamento de placenta por volta da 6ª/7ª semana de gravidez. Notei umas leves perdas de sangue mas não era um descolamento muito grave pois tinha cerca de 1,5 por 1 cm e resolveu-se com cerca de 2 semanas de descanso (sendo que no final da 1ª semana já não tinha perdas) e tomando um reforço de progesterona (Duphaston).

O problema é que os enjoos intensificaram-se pois a progesterona produzida normalmente pelo corpo da mulher causa os enjoos, mas com o reforço os enjoos tornaram-se muito intensos. Dias inteiros enjoada e durante vários dias. O que agrava esta questão é isto incomodar-nos psicologicamente ao ponto de questionarmos porque queriamos tanto ficar grávidos!!

Aqui fazemos uma ressalva e conselho a todas as mulheres e famílias que as apoiam (derivado da nossa experiência e de vários artigos que lemos): é muito importante a compreensão e apoio familiar nesta altura pois a mulher pode estar muito feliz por ficar grávida mas todos os transtornos hormonais como enjoos, azia e todos os sintomas de gravidez tornam este primeiro trimestre psicologicamente mais complicado. Além disso, nenhuma mulher é igual a outra e devemos ouvir e ler os conselhos outros sempre com uma grande dose de discernimento e de adaptação à nossa realidade.

Neste 1º trismestre ajudou imenso alguns truques na alimentação como comer pouco e muitas vezes, comer muita fruta fresca (para os enjoos é óptimo) e ter cuidado com alimentos que causam azia (fritos, gorduras, café, bebidas com gás e outros) apesar que connosco a azia era uma constante mesmo evitando a maioria desta coisas.

Posso dizer que tive o apoio do meu marido constantemente que se levantava antes de mim para me trazer algo para o pequeno almoço de forma a não me levantar sem comer (pouco aconselhável para os enjoos). Assim, como no cuidado da preparação das refeições... sim... porque ele cozinha divinalmente!!

Ainda antes de engravidar

Gostariamos também de não esquecer a preciosa ajuda do homeopata e osteopata, Honório Canelas, que nos fez também duas consultas durante este período e nos receitou uns medicamentos naturais que cremos terem auxiliado neste processo. Ele referiu que durante o mês de Setembro deveriamos ter novidades e foi isso mesmo que aconteceu.

O nosso médico de infertilidade, o Dr. Miguel Tuna, referiu-nos na 2ª consulta (aquela em que eu já ia grávida) que pela análise dos nossos exames que a única hipótese seria recorrer à inseminação artificial. Ficamos por isso muito contentes desta gravidez se ter conseguido naturalmente!

O Dr. Miguel passou a ser o nosso obstetra e é ele que está a seguir a gravidez.

Antes de engravidar

2007 a 2009

Durante um período de mais de 2 anos tentamos engravidar. Fiz vários exames simples, o meu marido também, mas todas as ginecologistas a que fomos nos diziam que teriam de nos reencaminhar para um médico especializado em infertilidade.

Reparei que as médicas que nos atendiam davam mais prioridade e atenção a uma mulher grávida do que a uma com dificuldades em engravidar e isso fez-me sentir triste em muitas situações.

Ainda fui, em meados de 2008, a uma consulta com uma médica que me foi aconselhada, mas fui tratada de uma forma fria. A médica simplesmente olhou para os exames simples que já tinha feito e disse que o melhor era começarmos por marcar um exame para ir eliminando hipóteses. Disse-me para marcar o exame e eu saí da sala a pensar... mas para que serve este exame... que me vai custar 300€ e em que vou ter imensas dores para o fazer...

A atitude que esperava da médica é que me explicasse um pouco qual ia ser o processo, quais podiam ser os problemas que nos poderiam estar a afectar e quais os exames que poderiamos fazer para despistar.

Esta atitude fez-me pensar em esperar mais um pouco e ver se conseguiamos engravidar normalmente. Optamos por não começar a desesperar pois iria ajudar em pouco.

Em 2009 fui visitar um outro médico de infertilidade, desta vez mais determinada em conseguir perceber o problema e em encontrar um médico que nos ouvisse. Este médico foi o Dr. Miguel Tuna que nos tratou de uma forma exemplar e nos fez uma primeira consulta cheia de explicações sobre o que poderiamos fazer e qual seria o processo.

O engraçado foi que, antes de irmos de férias em Agosto, fizemos todos os exames preliminares que ele nos tinha pedido e, quando fomos buscar os resultados, eu já estava grávida!!

Dia 3 de Setembro fiz o exame de urina e lá estava um risco vermelho leve... Ainda tivemos dúvidas.. não quisemos festejar muito até nos ter sido confirmado pelo médico. O médico riu-se e disse-nos que não tinha sido nada do que ele tinha feito que me fez engravidar...